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A ópera “Contos de Júlia”, do compositor Marcus Siqueira e da libretista Veronica Stigger, leva ao palco personagens inspiradas na obra da escritora brasileira Júlia Lopes de Almeida. Vivendo na passagem do século XIX para o século XX, ela é nome fundamental de um dos momentos mais ricos da história da literatura brasileira.

Composição: Marcus Siqueira

Libreto: Veronica Stigger


Direção Musical:

Regência: Gabriel Rhein-Schirato

Assistente de regência: Belquior Guerrero

Preparador vocal de Elenco: Fábio Bezuti


Direção Cênica:

Direção Cênica: Julianna Santos

Assistente de direção cênica e Direção de Palco: Helen Ferla


Iluminação:

Designer de Luz: Fábio Retti 


Caracterização:

Visagista: David Scardua


Cenografia:

Cenógrafa: Daniela Gogoni

Cenotécnico: André Estefson

Marcenaria: Guerra

Contrarrega:  Eduardo Guimarães e Raul Oliveira


Figurino:

Figurinista: Fábio Namatame

Assistente de figurino: Neto Silva

Ato I:

Umbelina: Isabela Mestriner

Quarteto: Laura Duarte, Priscila Aquino, Vinícius Cestari, Rafael Siano

 
Ato II:

Dr. Seabra: Stephen Bronk

Laura: Laura Duarte

Quarteto: Isabella Luchi, Priscila Aquino, Vinícius Cestari, Rafael Siano

 
Ato III:

Serafina: Eliane Coelho

Condessa: Isabella Luchi

Quarteto: Isabela Mestriner, Priscila Aquino, Vinícius Cestari, Rafael Siano


BAIXE O LIBRETO DO ESPETÁCULO
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Ópera

Contos de Júlia

Sexta-feira, 03 de novembro, às 20h, e domingo, 05 de novembro, às 18h

Teatro SESC Glória

Av. Jerônimo Monteiro, 428 - Centro, Vitória - Espírito Santo, Brasil

Contos de Júlia
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Orquestra Sinfônica do Espírito Santo:

Flautim: Lucas Rodrigues 

Flauta em Dó: Danilo Klein 

Oboé I: Jonathan Yoshikawa

Oboé II: Natália Maria

Clarineta Sib: Cristiano Costa

Clarone: Rafael Cláudio

Fagote: Deyvisson Vasconcelos

Contra Fagote: Felipe Reis

Trompas: Alan Vinícius de Souza, Jdiordy Lucca, Guilherme Catão e Ury Vieira

Trompetes: Anderson Ferreira da Silva, Mizael de Andrade, Renan Sena

Trombones:  Luiz Monteiro, Ricley Ribeiro  e Jorge Luiz de Melo 

Tuba: Deivid Peleje

Percussionistas: Cristiano Charles, Daniel Lima, Gabriel Novais e Léo de Paula

Harpa: Maíni Moreno

Violino I: Diego Adinolfi, Oscar Orjuela, Jacqueline Lima, Emily Cristina, Elton Reis e Wellington Rodrigues 

Violino II: Dennys Serafim, Felipe Ribeiro, Kedma Johnson, Gabriel Alomba e Lucas Rodrigues 

Viola: Rodney Silveira, Daniel Amaral, Ernesto Peña e Rafael Nunes 

Violoncelo: Jonathan Azevedo, Liana Meirelles, Christian Munawek e Felipe De Luna

Contrabaixos: Leandro Nery, Rodrigo Olivárez e Jean Almeida

Ficha Técnica

A ópera Contos de Júlia é resultado de uma encomenda feita pelo Festival ao compositor Marcus Siqueira e à escritora Veronica Stigger, tendo como ponto de partida o universo literário da autora realista brasileira Júlia Lopes de Almeida (1862-1934).


Nascida no Rio de Janeiro, de pais portugueses, Lopes de Almeida começou sua carreira na imprensa, escrevendo em publicações como “A Gazeta de Campinas”, “O Paiz” e “A Semana”. Já no início dos anos 1880, seus textos defendiam a abolição da escravidão, a Proclamação da República e o fim das desigualdades sociais e de gênero.


Ao mesmo tempo, ela trabalhou na criação de sua obra ficcional, peças de teatro, contos e romances que a colocariam como “principal representante literária dos primeiros anos do século XX”, “no mesmo patamar de Guy de Maupassant e Machado de Assis”, nas palavras do crítico brasileiro José Veríssimo, seu contemporâneo.


A casa de Lopes de Almeida e seu marido, o escritor português Francisco Filinto de Almeida, tornou-se na passagem do século XIX para o século XX ponto de encontro de artistas e intelectuais do Rio de Janeiro. A escritora participou ativamente dos debates que levaram à criação da Academia Brasileira de Letras, em 1897. Seu nome chegou a ser incluído na lista prévia de integrantes da instituição, mas acabou substituído pelo de seu marido sob a justificativa de que a Academia Francesa, modelo para a ABL, não consentia a presença de mulheres em seus quadros.


Para construir o libreto de Contos de Júlia, Verônica Stigger escolheu três narrativas curtas da coletânea “Ânsia Eterna”, publicada originalmente em 1903. Cada história deu origem a uma das partes da ópera. Em Os Porcos, Lopes de Almeida nos fala de Umbelina, que após engravidar do filho do dono da fazenda em que trabalha, é ameaçada pelo próprio pai, que promete entregar seu bebê aos porcos como comida. Em In Extremis, na ópera rebatizada de Os moços, acompanhamos a história de Laura e seu envolvimento com Bruno, à beira da morte, em meio a silêncios e não-ditos. E Os Cisnes nos apresenta a figura misteriosa de Serafina, cuja tragédia logo conheceremos.


Ainda que independentes, as histórias possuem importantes pontos de contato, trabalhados no texto e na música por Stigger e Siqueira. Entre eles estão a maternidade, o desejo, a morte, a loucura e o lugar da mulher em uma sociedade marcada pelo machismo, representada pelo quarteto vocal presente no palco ao longo de toda a ópera.


São narrativas fortes, nas quais o social é um elemento importante, mas não o único, a contribuir com a profundidade na construção de personagens, o que revela a força criativa de Júlia Lopes de Almeida e reforça a necessidade de um processo amplo de resgate de sua vida e obra.


João Luiz Sampaio, curador da edição 2023

Sobre o espetáculo

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Assista à transmissão

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